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Investimentos

Quinta-Feira, Dia 08 de Junho de 2023 as 02:06:21



GERDAU - Resultado no 1º Trimestre/2023: LUCRO volta a crescer


 
GERDAU - Resultado no 1º Trimestre/2023
Lucro volta a crescer diante da recuperação de margens em todas as operações
 
Por Mary Silva, CNPI-P
03.05.2023
 
A Gerdau apresentou recuperação de margens em todas as Operações de Negócios no 1T23, mas, de maneira geral, os números vieram abaixo de nossas estimativas. 
 
No consolidado, houve incremento de 11,5% t/t no volume de vendas, que contribuiu para o aumento de 5,1% t/t na receita líquida, que somou R$ 18,9 bilhões, e de 19,1% t/t no EBITDA ajustado para R$ 4,3 bilhões, o que representa uma margem EBITDA ajustada de 22,9% (+2,7 p.p. t/t). O lucro líquido teve incremento mais expressivo de 79,1% t/t para quase R$ 2,4 bilhões. 
 
Junto com a divulgação do resultado, a companhia anunciou a aprovação da distribuição de juros sobre o capital próprio de R$ 892 milhões, que representam R$ 0,51/ação e equivalem a um yield de 2,1% sobre a cotação média dos últimos 12 meses de GGBR4. O valor será pago no próximo 29/05 (data ex-dividendos 16/05).
 
Esperamos que no curto prazo papéis GGBR4 continuem refletindo as incertezas com relação ao setor e reagindo aos indicadores de atividade econômica global, especialmente no Brasil e nos EUA, que deverão manter a volatilidade elevada.
 
Ressaltamos, no entanto, que em uma visão de médio e longo prazo, os fundamentos da empresa permanecem sólidos que, combinados à entrega de bons resultados pela companhia poderão sustentar recuperação da ação à medida que as incertezas se dissipem. Assim, mantemos nosso preço-alvo 2023e para GGBR4 de R$ 33,33 e a recomendação de Compra. 
 
Destaques por Operação de Negócios (ON)
 
A ON Brasil apresentou incremento de 11% no volume de vendas em relação ao 4T22, puxado pelo crescimento de 18,8% t/t das vendas de aços longos no mercado interno, como efeito da demanda aquecida nos setores de construção e de óleo e gás.
 
Por outro lado, os preços médios continuaram recuando, tanto no mercado interno (-9,5% t/t) como nas exportações (-12% t/t), o que levou à estabilidade da receita líquida em relação ao 4T22, em ~R$ 6,9 bilhões.
 
Os custos tiveram nova redução de 3,9% t/t, refletindo a maior diluição de custos fixos e dos preços contábeis de minério, carvão e gás natural. Como resultado, o EBITDA ajustado superou R$ 1 bilhão (+40,5% t/t), e a margem EBITDA ajustada ganhou 4,4 p.p. t/t, para 15,4%. 
 
A ON América do Norte também apresentou recuperação nos volumes de venda na comparação trimestral (+24,5%), impulsionados pelos programas do governo norte-americano de incentivo ao consumo de aço, como o reshoring (internalização de produção) e o pacote de infraestrutura, ainda que estes estejam em seus estágios iniciais. 
 
A Companhia continuou operando em um nível elevado de utilização da capacidade instalada (93%) para atender os mercados de distribuição e construção, que representaram 55% e 25% das vendas, respectivamente.
 
A receita líquida avançou 20,4% t/t para R$ 7,8 bilhões, indicando que houve redução dos preços médios, enquanto os custos subiram 14,5% t/t, em função dos maiores custos de sucata. Ainda assim, o EBITDA ajustado foi de R$ Destaques operacionais e financeiros no 1T232,3 bilhões (+29,1% t/t), e a margem EBITDA ajustada avançou 2 p.p. t/t para 30,2%.
 
A ON Aços Especiais, por outro lado, apresentou queda de 11,5% t/t nos volumes de vendas, como reflexo do arrefecimento da demanda no Brasil, que levou a paradas temporárias de algumas montadoras em função do cenário macroeconômico adverso e da falta de insumos de produção. Como consequência, a receita líquida teve queda de 9,9% t/t e o EBITDA ajustado recuou 5,2% t/t, para R$ 497 milhões, representando uma margem de 16,9% (ligeiro ganho de 0,9 p.p. t/t).
 
Por fim, a ON América do Sul apresentou queda de 3% no volume de vendas em relação ao 4T22, mas o repasse da inflação nos preços de venda foi suficiente para compensá-la, de forma que a receita líquida tivesse incremento de 3,6% t/t. Os custos se mantiveram estáveis, contribuindo para que o EBITDA ajustado tivesse incremento de 38,3% t/t para R$ 489 milhões, e a margem EBITDA ajustada de 7,6 p.p. t/t para 30,2%.
 
Destaques operacionais e financeiros no 1T23
 
No consolidado, houve incremento de 11,5% t/t no volume de vendas, que contribuiu para o aumento de 5,1% t/t na receita líquida, que somou R$ 18,9 bilhões, e de 19,1% t/t no EBITDA ajustado para R$ 4,3 bilhões, o que representa uma margem EBITDA ajustada de 22,9% (+2,7 p.p. t/t). 
 
O resultado financeiro foi negativo em R$ 50 milhões (ante R$ 498 milhões negativos no 4T22), influenciado positivamente pelos efeitos não recorrentes de atualização de créditos tributários e menor impacto negativo de variação cambial em relação ao trimestre anterior. Como resultado, o lucro líquido teve incremento de 79,1% t/t para quase R$ 2,4 bilhões. 
 
A dívida bruta teve ligeira redução em relação à posição do 4T22 (de R$ 12,6 bilhões para R$ 12,3 bilhões), e o caixa encerrou o 1T23 em R$ 5,8 bilhões (ante R$ 5,4 bilhões no trimestre anterior). O efeito combinado levou a uma redução de R$ 700 milhões na dívida líquida, para R$ 6,4 bilhões, mantendo a alavancagem financeira praticamente estável na comparação trimestral, em 0,31x dívida líquida/EBITDA, como efeito também do forte resultado operacional dos últimos 12 meses.
 
Junto com a divulgação do resultado, a Companhia anunciou a aprovação da distribuição de juros sobre o capital próprio de R$ 892 milhões, que representam R$ 0,51/ação e equivalem a um yield de 2,1% sobre a cotação média de GGBR4 dos últimos 12 meses. O valor será pago no próximo 29/05 (data ex-dividendos 16/05).
 
Vale lembrar que, conforme anunciado pela empresa junto com a divulgação do resultado do 4T22, foi efetivado o aumento de capital social da Companhia mediante a capitalização de reservas no valor de R$ 966 milhões e da emissão de 83,7 milhões de novas ações, que foram creditadas gratuitamente aos acionistas em 24/03 a título de bonificação (proporção de 5%, ou seja, 1 ação nova para cada 20 ações da mesma espécie que possuíam na posição acionária final do dia 21/03) com custo atribuído de R$ 11,54731631 por ação. 
 
Além disso, a empresa avançou em seu programa de recompras vigente desde maio/2022, atingindo 81% das ações ao final do 1T23 e tendo desembolsado mais de R$ 1 bilhão desde o início do programa. 
 
Perspectivas
 
Segundo a companhia, as perspectivas seguem favoráveis para 2023, principalmente na ON América do Norte, onde apesar dos sinais de desaceleração da economia nos EUA, a demanda de aço segue aquecida, puxada pelo avanço nos projetos de infraestrutura, do chips act (incentivos para a o setor de semicondutores) e do reshoring (internalização de produção para proteção de importação do mercado norte-americano). 
 
Já no Brasil, o cenário macroeconômico traz incertezas quanto à aceleração da atividade e para o consumo de aço no país, mas os setores de construção, residencial e comercial – principais focos da companhia – continuam sustentando uma carteira de pedidos saudável para os próximos meses.
 
Desempenho das ações
 
Os papéis GGBR4 acumulam queda de 12% em 2023 até o fechamento de 02/05, enquanto o Ibovespa se desvaloriza 2,4% no período. O movimento, que se intensificou nas últimas semanas, reflete, em nossa opinião, o aumento das preocupações do mercado com o arrefecimento da economia nas regiões de atuação da companhia, com potencial impacto negativo na demanda de aço e consequentemente nos resultados da empresa. 
 
Esperamos que no curto prazo papéis continuem refletindo as incertezas com relação ao setor e reagindo aos indicadores de atividade econômica global, especialmente no Brasil e nos EUA, o que deverá manter a volatilidade elevada. 
 
Ressaltamos, no entanto, que em uma visão de médio e longo prazo, os fundamentos da empresa permanecem sólidos e, combinados à entrega de bons resultados pela Companhia poderão sustentar nova recuperação da ação à medida que as incertezas se dissipem.
 
Assim, mantemos nosso preço-alvo 2023e para GGBR4 de R$ 33,33 e a recomendação de Compra
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
MARY SILVA, CNPI-P, analista do BB INVESTIMENTOS

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARY SILVA, CNPI, analista senior do BB INVESTIMENTOS





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